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03 de Março de 2023

Delegado Ataíde Alves vence Prêmio Flip Humor 2023

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O delegado Ataíde Alves, diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), foi o vencedor do Prêmio Flip Humor 2023 com a crônica intitulada ‘Os Telefones do Coveiro’, história que se passa no município de Santo Amaro das Brotas. Nesta entrevista, o pernambucano conta um pouco da sua paixão pela escrita, fala da referência do tema e sua profissão, revela um projeto futuro para um livro de crônicas e muito mais. Acompanhe!

 

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Ataíde Alves fala da obra e premiação


Adepol- Qual o sentimento de vencer um prêmio tão concorrido e importante como a Flip?
Ataíde Alves -
Os concursos literários do Selo Off Flip são muito bons, de âmbito nacional, com comissões julgadoras compostas por escritores renomados. Então, meu sentimento é de alegria, pois sei que o texto que mandei foi submetido a um crivo rigoroso.

Fale um pouco de sua relação com a escrita? Quando começou? Sei que o sr é autor de outras crônicas, mas tem outros gêneros publicados?
Ataíde Alves-
Faz apenas alguns anos que comecei a escrever de forma mais disciplinada, digamos assim. Minha esposa, que é Escrivã da PCSE, me incentiva bastante a escrever. Tenho mais de 700 livros, dos quais tiro algumas ideias. Já escrevi contos, mas gosto mesmo é das crônicas.

Como é a sua relação com o gênero crônica? É o seu preferido?
Ataíde Alves
- Sim, tenho predileção pelas crônicas, junção do jornalismo com a literatura. Há uma frase de Paulo Mendes Campos da qual gosto muito: “Crônica são duas laudas de papel em branco; faça delas o que lhe parecer interessante no momento.”

Por que escolheu este tema para a crônica? Tem alguma relação de quando foi delegado da cidade de Santo Amaro das Brotas?
Ataíde Alves
– A delegacia de Santo Amaro das Brotas, onde trabalhei, fica em frente ao cemitério. Quando vi aquele cartaz do “disk coveiro”, veio o insight – muito forte, por sinal - do texto. À noite, em casa, comecei a escrever a crônica. Ao cabo de meia hora, ela estava lá no papel, pronta. Publiquei-a na Comunidade Trema, na internet, e obtive boa recepção. Tempos depois, publicaram o edital da coletânea do Selo Off Flip e inscrevi o texto. Fiquei surpreso com o primeiro lugar. Essa colocação fez com que eu conhecesse a escritora sergipana Roseneide Santana, mestra em Letras e técnica em Educação da Universidade Federal de Sergipe. Trocamos textos (ela é contista e cronista), falamos sobre literatura, e aconteceu de Roseneide escrever uma belíssima e generosa crônica sobre mim. Fiquei muito feliz.

Em 2022, o sr ficou entre os vencedores com a crônica ‘A estrutura das bolhas de sabão’. Este conto tem uma relação mais pessoal para o sr?
Ataíde Alves –
Esse texto foi sobre escrever. Carlos Drummond de Andrade tem um livro chamado “De notícias e não notícias faz-se a crônica”. Pois ali, na Avenida Paulista, estava uma “não notícia” diante de mim. A ideia ficou instalada em minha mente, pedindo para ser colocada no papel. E foi o que fiz.

Como funciona a relação da profissão delegado e escritor? São duas paixões que se completam?
Ataíde Alves
–A profissão me permite um bom manancial de ideias para meus escritos. Sim, há uma completude entre essas paixões.

Depois de ‘Os Telefones do Coveiro’ virão novas crônicas? Tem algo engatilhado?
Ataíde Alves 
– Tenho algumas dezenas de crônicas. Pretendo organizá-las em um livro. Se bem que já disseram, acho que foi Massaud Moisés, que as crônicas, textos fugazes que são, uma vez reunidas em um livro, é como se estivessem em algum esquife. Acho que é isso mesmo. Preparo um caixão para meus textos. Pelo menos, descansarão em paz.

 

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Confira aqui a  crônica premiada.

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