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28 de Outubro de 2021

Adicional de Periculosidade é tema da audiência pública na Alese

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A luta pelo adicional de periculosidade do Movimento Polícia Unida foi o tema da audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na manhã desta quinta-feira, 28. A convite do deputado estadual Capitão Samuel, os dirigentes das entidades sindicais e associativas dos policiais civis, militares e bombeiros militares falaram sobre a jornada de um ano e três meses em busca de um direito justo e constitucional. 

 

A sessão ocorreu na Sala das Comissões e contou também com as presenças dos deputados estaduais Georgeo Passos, Goretti Reis e João Marcelo Leite, além do apoio de diversos colegas das categorias que compõem a Segurança Pública do Estado. 

 

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol/SE), Isaque Cangussu, ressaltou que a audiência pública de hoje foi histórica, já que é a primeira vez que a Alese recebe todas as representações de policiais e bombeiros unidos de uma só vez. “Estamos todos aqui irmanados, imbuídos do espírito de luta pela conquista do mesmo objetivo. Quero agradecer, então, ao deputado Samuel, pela iniciativa de nos convidar, e também aos deputados Georgeo Passos, Goretti Reis e João Marcelo, que não só participaram, como  endossaram o pleito do Movimento Polícia Unida, inclusive, lembrando do crescimento do orçamento para 2022 na casa dos 20%. O orçamento vai sair de 10 bilhões em 2021 para mais de 12 bilhões em 2022. Então, a gente afirma, com convicção, que não é a questão financeira que impede a concessão do adicional de periculosidade, e sim a vontade política”, enfatiza o delegado. 

 

A delegada e diretora da Adepol/SE, Flávia Félix, ressaltou que essas categorias estão há nove anos sem reajuste. “Os policiais sergipanos estão sentindo a ingratidão de um Governo que não valoriza seus policiais. Isso precisa ser olhado, porque essa falta de gratidão tem tirado o entusiasmo dos nossos policiais. E é o entusiasmo dos nossos policiais que faz muita diferença no dia a dia de toda a população da sociedade sergipana. Todo profissional precisa se sentir entusiasmado para ir trabalhar. E hoje nós não sentimos isso, porque tem sido tirado de nós o mínimo”, ressalta. 

 

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe, Adriano Bandeira, comentou que é necessário superar questões politiqueiras e trazer para a mesa discussões sérias. O governo do Estado está fora de sintonia com o povo. Temos pai, mãe, filhos e queremos voltar para casa sãos e salvos todos os dias. Precisamos ter direito ao básico, a equipamentos e  condições dignas de trabalho na capital e no interior do Estado. Eu trabalho com a questão da periculosidade de forma leal, entendo que quem trai seu companheiro também trai o povo, lembrando a fala do governador Marcelo Déda, e nós fomos traídos pelo governador Belivaldo Chagas, que virou e continua virando as costas para nós”, diz. 

 

O presidente da Asmirp, sargento José Marcos Moraes, lembra que o governador é Defensor Público e tem conhecimento da legislação. “A periculosidade é um direito constitucional. Não é possível que o governador maltrate dessa forma os veteranos das polícias Militar e Civil. Foram muitas perdas de direitos para a gente. Graças a Deus, o Movimento Polícia Unida abraçou também os inativos. Então, aqui é um por todos e todos por um”, diz. 

 

Deputados 

 

O vice-presidente Comissão de Segurança Pública e deputado estadual, capitão Samuel, reiterou seu apoio ao movimento lembrando que quando a polícia é valorizada toda a sociedade ganha. “Os representantes do Polícia Unida tiveram a oportunidade de mostrar, mais uma vez, a juridicidade da demanda. O Movimento Polícia Unida segue forte, segue com o nosso apoio e eu não tenho dúvida que a sociedade sergipana ganhará muito, porque todas as vezes que o Estado valorizou os seus policiais, houve redução de crime, houve redução da violência, o que é benéfico para a sociedade e até para o próprio governador. Então, é nesse sentido que terei uma audiência com o secretário João Eloy, no próximo dia 4. Espero que ele receba os representantes da categoria. E também temos audiência agendada para amanhã com o governador Belivaldo Chagas. Vamos levar tudo o que foi falado aqui para ele, para tentar sensibilizá-lo”, diz. 

 

O líder da oposição na Alese, deputado Georgeo Passos, repudiou que a audiência pública não tenha sido transmitida pela TV Alese. “Esta sessão poderia ter sido transmitida pela TV Alese, após a sessão plenária terminar. A Casa poderia dar mais transparência. Eu não sei qual é o medo ou receio de se transmitir uma reunião oficial de uma Comissão da Casa. E eu já disse isso a alguns, não tenham dúvidas de que estaremos ao lado de vocês nessa luta, do início ao fim. A minha posição sempre foi muito clara com quem me procurou, eu sempre fui bem transparente. No que eu puder ajudar, ajudarei. Acho que o governador Belivaldo tem que, com todo o respeito que eu tenho à figura do governador - que foi líder de oposição nessa Casa - sentar com o Polícia Unida. Mas diferente disso, quando o Polícia Unida faz os atos, a gente percebe a agressividade do governador. Sabemos também que a Mesa não é de Negociação, mas de enrolação, com todo o respeito também a quem faz a Secretaria do Estado de Administração. A gente sabe que é para ganhar tempo. Agora, uma coisa que foi dita aqui é bem clara para mim: o problema não é mais financeiro, o Estado não está passando a dificuldade que passava em 2018 e 2019. Isso está bem claro para todos nós”, contabiliza. 

 

Também a favor da causa das categorias que compõem a Segurança Pública, o deputado estadual João Marcelo Leite, ressalta a constitucionalidade do pleito e a importância da polícia para a sociedade. “Eu me arrisco a dizer que todo o povo é favorável ao pleito de vocês. Quando eu falo ‘todo o povo’, eu quero incluir o Comandante-Geral, o Secretário e o Governador, porque eles sabem que vocês têm esse direito. Ouvi na fala de alguns, o repúdio à forma como o Governador tem levado essa situação, encontrando algumas justificativas, mas eu vou além. O que me deixa mais chateado não são nem as justificativas, mas a forma pejorativa e desrespeitosa como o Governador trata o movimento, a ponto de ter dito: ‘eles não têm o que fazer, por isso vêm aqui para a porta'. Polícia é uma profissão como todas as outras”, lembra.

 
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